Entrevista do Mês
O novo Presidente do Conselho Diretor da UTCAL, Daniel Senna Guimarães, foi eleito na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 14 de dezembro. A partir de janeiro de 2019, Senna vai substituir o também engenheiro Rogério Bonini, Diretor de Operação da Eletrobras Eletrosul. O mandado tem previsão de duração até o fim de 2020.
Daniel Senna, como é conhecido, é MS pela UFMG e engenheiro eletricista pela PUC-MG, especialista em Análise de Sistemas, com MBA em Finanças pela Ibmec, e atua desde 1987 na Cemig é Gerente de Soluções e Manutenção de Telecomunicações. Na empresa, que é associada à UTCAL, Senna foi gestor para implantação de projeto piloto de cidades do futuro e gerente de projeto estratégico de Pesquisa e Desenvolvimento para migração tecnológica e adoção de redes inteligentes no setor elétrico.
Confira abaixo a entrevista de Senna para a Newsletter UTCAL.
UTCAL - Como recebeu essa notícia? Como participava da UTCAL antes?
Daniel Senna: Desde 2012, tenho participado das atividades da UTC. Meu primeiro contato com a UTC no Brasil foi nesse mesmo ano por meio de um convite para reunião do presidente Dymitr Wajsman. Na ocasião a Cemig, empresa que represento na Associação, foi apresentada a Utilities Telecom Council (UTC) e às ações em andamento à época no sentido de representar os interesses de telecomunicações das utilities junto às Agências Regulatórias e ao Governo. A partir daí, iniciamos a parceria e a participação nos Summits no Brasil e exterior, programas de capacitação, visitas técnicas e na representação no Conselho de Administração.
UTCAL - Como vê o papel da associação?
Daniel Senna: Já na primeira edição do UTCAL Summit, em 2012, ficou claro que a UTC teria um papel de destaque no mercado nacional. À época, as utilities já percebiam a necessidade de se consolidar algum tipo de instituição que congregasse profissionais de telecomunicações com atuação nos mercados de energia, água e gás. Pode-se destacar que as distribuidoras de energia experimentavam no Brasil o auge de projetos piloto de redes inteligentes e com uso intensivo de telecomunicações. Com a constituição da Associação, em 2013, e a crescente adesão de utilities, as iniciativas foram se intensificando e, atualmente, podemos afirmar que temos cumprido nosso papel de apoiar os membros junto às Agências Reguladoras, comissões responsáveis pela padronização e definição de espectro e, também, na capacitação e disseminação de informações aos profissionais de telecomunicações.
UTCAL - Quais as principais expectativas para os próximos dois anos nesse segmento?
Daniel Senna: A demanda por soluções de telecomunicações em utilities tem crescido de forma exponencial principalmente na última década, motivada pela necessidade de automação das redes, seja para adequação a requisitos regulatórios, aumento da qualidade da prestação de serviços e da eficiência operacional na execução dos processos empresariais e agregação de valor aos resultados financeiros. Soma-se a isto o surgimento e evolução de soluções de telecomunicações e tecnologia operacional que impõem às utilities e mercado fornecedor um grande desafio de produzir e investir de forma a se obter esses resultados operacionais desejados e o devido retorno aos acionistas Nesse contexto, as expectativa para os próximos dois anos é de intensificação das ações da UTCAL e, por se tratar de um associação que iniciou as atividades há apenas cinco anos, temos ainda uma grande oportunidade de crescimento na América Latina.
